domingo, 24 de outubro de 2010

Pessimismo e auto-cobrança, além da baixa auto-estima


A cada semana venho fortalecendo em mim a idéia que nunca se pode achar que se sabe muito sobre algo, por mais que você tenha conhecimento, ou técnicas apuradas. Meu caso é interessante:

Desde novinha, fui muito aclamada por ter uma técnica de desenho mais apurada em relação às pessoas que conviviam comigo. Bem, isso até antes da universidade. Conheci artistas incríveis... bem, eram poucos, e até eles me consideravam uma artista de nível bom, por ser meio autodidata.

Porém chegando na disciplina de modelo vivo, conheci o purgatório, quase inferno, onde ser mediano te implica a sofrer mais. Vou explicar: eu faço o melhor que eu posso, o desenho sai lindo, o sombreamento lindo, parecendo uma foto (olha minha porção achista aí), aí o cara diz "ela tá com a perna grossa, o quadril largo, meio musculosa e esse sombreamento tá muito forte...."

Caramba, se o cara diz para eu desenhar o que eu vejo, sem nenhum estilismo, então eu desenho exatamente o que eu vejo, o que eu posso fazer?! Se meu olhar é assim...

Cercear o olhar para uma forma "limpa" sem estilo é outorgar um estilo, dessa forma estamos saindo de uma ditadura por exemplo de estilo a la Colonnese (só por um exemplo) para o estilo que o professor quer. Além disso, meu amigo, não estou desenhando uma nórdica, estou desenhando uma belíssima brasileira (que me lembra muito a Beyoncé em seu início de carreira, porém mais natural).

Engraçado que na última aula ele me viu chorando e disse "você se cobra demais!". Pombas!!! Eu me cobro demais porque me vejo sendo cobrada demais, sou mais chamada à atenção que os outros alunos... ele fica reparando direto no meu desenho, medindo, reclamando, de tudo.

Realmente, eu preciso de ajuda

Um comentário:

Big Lui disse...

Em compensação você tirou um 10... e não tem mais o que reclamar.

Beijos de coração!